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12 Feb
Brasil 'não tem nada a ver' com OTAN: especialista descarta 'posição privilegiada' diante do bloco

Diante das tensões na Europa em face à crise geopolítica envolvendo Rússia e Ucrânia agravada pela intervenção dos EUA através da OTAN, o anúncio de uma viagem do presidente Jair Bolsonaro à Rússia seria um erro estratégico? Para entender esta e outras questões de política internacional, Desde a Segunda Guerra mundial, a comunidade internacional está em intensa movimentação geopolítica. O conflito na maneira como os países se relacionavam e determinou os fundamentos dessa dinâmica internacional.Com a criação de diversos organismos internacionais que ambicionavam saídas diplomáticas para evitar o horror da guerra, como a Organização das Nações Unidas (ONU), entretanto não excluiu os conflitos de seu cenário. O período conhecido como Guerra Fria (desde a Doutrina Truman, em 1947, até a dissolução da União Soviética, em 1991) determinou a forma do mundo como o conhecemos hoje

De forma pragmática, os recursos chineses financiam investimentos em troca de abastecer seu mercado interno de alimentos, insumos e, é claro, influência.A recente adesão da Argentina à Nova Rota da Seda chinesa, um programa de investimento chinês, é um exemplo claro de sua estratégia comercial global."Implementado pela China em 2017, este cinturão, que pretende retomar a história chinesa, cada vez mais procura incluir o maior número de países – inclusive alguns da América Latina que já tem algum projeto com a China – fundamentalmente os países asiáticos, alguns países africanos e europeus", disse o professor Wrobel.Para o professor, no entanto, a não inclusão do Brasil no projeto não quer dizer que o Brasil esteja descartado que já existem entre os dois países desde 2010."O Brasil é um país grande e se distingue na América Latina pelo tamanho de seu território, de sua população, então não é propriamente incluído como membro oficial desse programa de investimento e influência chinesa, mas a presença chinesa no Brasil já tem 12 anos e é muito grande", pontuou.Maior parceiro comercial do Brasil, a China, só no ano passado, absorveu cerca de um terço de toda a exportação brasileira

O clássico Brasil vs. Argentina
Com o recente aceno feito pelo presidente argentino,, para Vladmir Putin sobre e a atual situação político-econômica vivida pelo país vizinho, antigo rival no futebol, Wrobel não manifestou preocupações."O BRICS não é uma concertação internacional, não é um grupo que tenha objetivos comuns claros, então uma possível entrada argentina não significaria grande mudança. A Argentina já foi muito poderosa, economicamente relevante, politicamente, hoje não", afirmou.A Argentina de Fernández enfrenta uma série de problemas políticos e econômicos. Com umacom o Fundo Monetário Internacional (FMI), o país detém uma taxa de inflação anual na casa de 50%, o que o deixa em uma situação muito vulnerável interna e externamente., este "é um dos casos periódicos que a América Latina tem de crise econômica, talvez [a Argentina] seja a economia mais fragilizada da América Latina com exceção da Venezuela e, até certo ponto, de Cuba".

Fruto da reaproximação de Brasil e Argentina no início dos anos 1990, quando ambos os países haviam retomado seus governos civis, inspirados no sucesso de projetos de integração regional como a União Europeia (UE), diante da adesão de Uruguai e Paraguai com a ambição de ser um projeto de zona de livre comércio e, quem sabe, um bloco político. Mas não foi o que aconteceu."Brasil e Argentina tinham um comércio bilateral ínfimo, praticamente inexistente, antes do Mercosul, então os primeiros anos do grupo foram muito importantes para criar essa dinâmica bilateral comercial e uma certa integração econômica de investimento", disse Wrobel.Com as economias em diferentes estágios, após períodos de inflação e desorganização econômica, os países que integram o Mercosul também passaram, e ainda passam, por alguma instabilidade política."Atualmente, por exemplo, Brasil e Argentina estão em dois polos opostos politicamente. A Argentina é dirigida [novamente] pela ex-presidente, e atual vice, Cristina Kirchner e por Alberto Fernández, um presidente próximo ao peronismo antigo. Enquanto no Brasil temos um presidente completamente oposto a esses ideais.5 de dezembro 2021, 17:58O professor destaca que atualmente os maiores aliados da Argentina são Venezuela e Cuba, enquanto os principais aliados do Brasil, na América do Sul, eram o Chile e o Peru, de orientação política deixaram de ser, restando basicamente Uruguai e Equador.O bloco sul-americano vem perdendo gradativamente qualquer possibilidade de se sustentar enquanto bloco no momento, especialmente neste momento em que as relações comerciais entre seus principais líderes  

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